Baseado numa abordagem ambiental inovadora que visa consciencializar e tornar parte ativa as populações locais e as suas atividades, para a mitigação e adaptação das alterações climáticas no seu território, este Projeto designado como "Gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Ceira face às Alterações Climáticas" visa, neste caso em concreto, a unidade territorial da bacia hidrográfica do rio Ceira que cobre 300 km2.
Com uma verba disponível de 2 600 000€, este projeto conta com o finaciamento de 2 210 000,00€ dos EEA Grants e os restantes 390 000,00€ da Secretaria Geral do Ambiente e da Transição Energética.
O Projeto que tem uma duração prevista de 36 meses, tem como entidade promotora a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), através da ARH Centro e como parceiros a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a Câmara Municipal de Arganil, a Câmara Municipal de Góis, a Câmara Municipal da Lousã, a Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra e a Direção Norueguesa de Proteção Civil.
Também referido como Projeto Pré Definido 3, esta iniciativa possui três componentes principais, hidrológica, dos ecossistemas e cultural:
- A componente hidrológica visa caracterizar o comportamento da bacia, incluindo avaliação dos caudais e implementação de um sistema de monitorização, a fim de minimizar efeitos de eventos extremos (cheias e secas). Com esta finalidade propõe-se criar um programa de monitorização de caudais;
- A componente dedicada aos ecossistemas visa reforçar o papel das infraestruturas verdes na adaptação às alterações climáticas. O projeto pretende reabilitar ecossistemas e seus serviços, aumentando a sua resiliência às alterações climáticas. A reabilitação e proteção da bacia hidrográfica é primordial na adaptação às alterações climáticas neste projeto;
- A componente socio-cultural é um fator-chave para sensibilizar as populações para as alterações climáticas. O envolvimento da população local será baseado na preservação de alguns elementos históricos. O foco na recuperação de boas práticas tradicionais, com destaque para o potencial dos Vigilantes dos Rios (uma prática anterior agora abandonada), é um aspeto visível de um novo modelo de governança baseado na proximidade.
Pode consultar mais sobre o projeto aqui.