O projeto RNA 2100 agrega conhecimento de diversificadas instituições, de forma a garantir que sejam consideradas todas as áreas pertinentes para a adaptação às alterações climáticas, nomeadamente a Agência Portuguesa de Ambiente, I.P. (APA) como promotora do projeto, o Banco de Portugal (BP); a Direção-Geral do Território (DGT); a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL); o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Direção Norueguesa de Proteção Civil (DSB).
Estas instituições darão início ao projeto numa sessão formal de assinatura do contrato, promovida pelo Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, e pelo Secretário de Estado do Planeamento, José Gomes Mendes, que ocorrerá a 7 de setembro, no Auditório da DGT, em Lisboa. A duração prevista do projeto é de setembro 2020 a dezembro de 2023.
É de referir que, se trata de um Projeto Pré-definido (Predefined project) (PDP) dos EEA Grants, que disponibilizarão 400.000€ de um total de 1.300.000€, pelo que a taxa de financiamento dos EEA Grants é de 30,77%. O restante montante será assegurado pela APA.
A identificação das vulnerabilidades climáticas a nível nacional foi efetuada no âmbito do Projeto "Climate Change in Portugal. Scenarios, Impacts and Adaptation Measures" (SIAM), que já terminou em 2006, ou seja, há mais de 10 anos. Assim a evolução da política climática nacional e a evolução do conhecimento sobre adaptação às alterações climáticas, torna evidente a necessidade premente de realizar um exercício em grande escala para avaliar o impacto, a vulnerabilidade e o risco das alterações climáticas no território nacional.
De forma a concretizar os objetivos estabelecidos, o projeto RNA 2100 irá gerar um conjunto de projeções relacionadas com os impactos das Alterações Climáticas na Economia Portuguesa em 2100, que serão realizadas através de três cenários climáticos distintos. Os resultados alcançados estabelecerão diretrizes a serem aplicadas no ambiente micro e macroeconómico.
O RNA 2100 resultará em narrativas de adaptação para as diversas regiões de Portugal, com vista à revisão das orientações sobre adaptação às alterações climáticas para os planos e programas de planeamento territoriais, incluindo estratégias e planos subnacionais. Neste seguimento, dada a transversalidade da matéria, tanto a nível setorial como territorial, uma das principais preocupações será garantir a comunicação do projeto RNA 2100 com os públicos-alvo, reunindo o conhecimento desse público e promovendo o uso dos resultados do RNA 2100. Neste âmbito será de destacar que estão previstos seminários regionais e a elaboração de Orientações e boas práticas sobre a integração da adaptação às alterações climáticas nos vários instrumentos de planeamento territorial e nas diversas atividades.
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